Desejar ser e fazer aldeia, escola e floresta juntos é impulso para grandes e generosos criadores de mundos. É projeto para Tikmũ’ũn, ou para os Maxakali como são conhecidos.

Projeto que conflui com a proposta do BDMG Cultural no triênio 2019-2020-2021, quando trabalhamos intensamente para ser um laboratório permanente de construção e compartilhamento de diferentes imaginários e de futuro, de relações ecológicas-culturais, de horizontalização do conhecimento e constituição de comunidade. Uma instituição plataforma para experimentação de soluções que contribuem para outras compreensões de desenvolvimento, a partir da arte, da cultura, da natureza e da diversidade.

São programas públicos alcançando mais lugares, em Minas Gerais e onde chegarem, apostando continuamente na radicalização da horizontalização do conhecimento e da diversidade, na continuidade permanentemente atualizada, na consolidação do diálogo para novas perspectivas entre o fazer artístico, a sociedade e o ativismo e das  possibilidades de ação a partir do incentivo, da pesquisa, do registro e da divulgação da arte e da cultura do estado. É caminho e é horizonte ao mesmo tempo.

Em diferentes programas, com características próprias mas sempre abertos para encontros e confluências de saberes diversos, buscamos instaurar redes de coaprendizagem e de cocriação. Confluências fundadas na alegria e na capacidade de nutrir aquilo que nos une e estabelecer as melhores conexões entre nossas diferenças.

Por isso, realizar o registro e este site em parceria com o projeto Aldeia-Escola-Floresta é mais do que um relacionamento institucional, é a comunhão de crenças, confluência da certeza de que precisamos deixar a floresta nos ensinar, precisamos plantar novos e diferentes mundos, precisamos nos aliançar com saberes diversos.

O BDMG Cultural agradece imensamente o povo Tikmũ’ũn e deseja vida longa à Aldeia-Escola-Floresta.

Gabriela Moulin

Diretora presidente do BDMG Cultural